em cada folha branca um desafio, em cada pincel uma esperança, em cada boião de tinta milhares de sonhos diluidos...

quarta-feira, setembro 19, 2007

Poxa, devo estar a ficar velho...

Este ano foi à grande. Dois em Junho. Um em Julho. Outro que há-de ser em Outubro e outro que já está marcado para o próximo ano. E não são daqueles em que a única ligação aos noivos (sim estou a falar de casamentos...) é uma tia-avó em comum, já quase surda e com óculos de 30 dioptrias que nos olha de alto a baixo, que nos pergunta em que ano da escola estamos e que orgulhosamente nos diz que já somos uns homenzinhos (claro, depois de ter perguntado vinte vezes quem são os nossos pais e confundido 30 vezes o nosso nome com o do nosso irmão mais velho)... Não, estou a falar de casamentos em que os noivos são meus amigos de infância, andaram comigo na escola, dei conselhos sobre os respectivos namorados(as) e a quem, inclusivamente, mas sem orgulho, servi de vela.
Esta overdose de casamentos, para além das dores no bolso direito, pôs-me a pensar na vida. As conversas há muito que deixaram de ser sobre a professora de biologia ou sobre a próxima ida de férias. Agora falamos sobre trabalho, dinheiro, empréstimos bancários, acções da bolsa, casamentos. Daqui a algum tempo estaremos a falar sobre filhos. Valha-me Deus, o relógio não pára mesmo.

E ainda por cima um dos noivos pediu-me para fazer as caricaturas deles (dele e da noiva) para os convites.



Pois, eu... trabalho nas obras

Um dia destes deu-me a vontade, há muito adiada, de fazer um desenho para uma t-shirt. E das duas uma: ou gastava o pouco tempo que consegui arranjar a pensar no desenho que queria ou desenhava a primeira coisa que me viesse à cabeça.
Ganhou a segunda hipótese. O desenho, bem, o desenho não foi da primeira coisa que me veio à cabeça. Foi da coisa que, na maior parte do tempo, não me sai da cabeça...